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Roteiro Geração Madeira: agricultores da Ponta do Sol reivindicam apoios ao setor

Sara Cerdas esteve esta tarde reunida com agricultores na Ponta do Sol, no âmbito da 7.ª Edição do Roteiro Geração Madeira, sob o tema “Agricultura - agir local, pensar global”. Na ocasião também marcaram presença Paulo Cafôfo, Presidente do PS Madeira, Olavo Câmara, Deputado na Assembleia da República e Célia Pessegueiro, Presidente da Câmara Municipal da Ponta do Sol.

Sara Cerdas apresentou o que está a ser feito ao nível da União Europeia para apoiar a agricultura, em especial a nova estratégia do Prado ao Prato, que é parte integrante do Pacto Ecológico Europeu. A eurodeputada referiu a pouca “divulgação por parte do Governo Regional até agora sobre os objetivos da Estratégia do Prado ao Prato”, entre eles o combate às alterações climáticas e a ambição da UE em termos de neutralidade carbónica. Tendo em conta o impacto que esta nova estratégia poderá trazer ao quotidiano dos agricultores, garante que o trabalho no Parlamento Europeu tem sido o de “salvaguardar os aspectos sociais e económicos”, no sentido de os apoiar.

Para uma perspetiva nacional, Olavo Câmara, que na Assembleia da República tem a pasta da agricultura, apontou os desafios entre o Governo da República e o Regional, bem como a importância que o setor primário representa para o desenvolvimento da Madeira. O deputado diz que tem lutado por “garantir atenção às especificidades das RUP” e apontou o dedo ao Governo Regional pelo facto de não ter marcado presença nas reuniões preparatórias sobre a PAC (Política Agrícola Comum), apesar de ter sido convocado. Uma oportunidade perdida que demonstra falta de solidariedade, diz Olavo, para “garantir que as nossas especificidades estavam consagradas no plano da PAC”.


Por sua vez, Célia Pessegueiro reforçou que “74% do valor pago médio pela banana vem da UE” e que o Governo Regional “fala como se desse alguma coisa aos agricultores”. A Presidente de Câmara defendeu as requalificações que têm sido feitas pelo seu executivo em veredas e acessos, assim como as requalificações previstas em poços comunitários e destacou a desigualdades entre os Municípios e o Governo e empresas públicas (como a ARM) no acesso aos fundos da UE, dado que competem entre si.


No encerramento Paulo Cafôfo criticou a falta de visão estratégica do Governo Regional para este setor e a necessidade de encontrar “investimento público que sirva para incentivar a atividade e atrair mais pessoas para a agricultura, de uma forma rentável”. Nesta fase pós-pandémica, vê com preocupação o Plano de Recuperação e Resiliência para RAM, uma vez que não estão previstos fundos específicos para o setor da agricultura.


Num espaço aberto às questões do público, vários agricultores usaram da palavra para apontar as principais dificuldades que sentem, entre elas a importância a inexistência de produção de açúcar na Madeira quando a matéria prima existe (evitando o ciclo normal da economia circular), os problemas que persistem no acesso à água de rega, devido à gestão deficitária e à falta de manutenção das infraestruturas, responsabilidades imputadas ao Governo Regional.

O Roteiro Geração Madeira é uma iniciativa de Sara Cerdas para ouvir as preocupações e receber no terreno os contributos da população madeirense e aprofundar um trabalho de proximidade entre as instituições europeias e a RAM.

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