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Sara Cerdas foi ontem coanfitriã num evento sobre a vacinação sazonal contra a gripe, organizado pela Vaccines Europe, no Parlamento Europeu. O evento visou o debate sobre a meta da União Europeia para a cobertura da vacinação de 75%, nos grupos de risco e pessoas com mais de 65 anos, 10 anos após a Recomendação do Conselho.

A eurodeputada socialista utilizou o caso de Portugal como exemplo de sucesso neste âmbito. “Em 2017, Portugal foi o terceiro país da União Europeia com a cobertura de vacinação mais alta, tendo atingido 60% das pessoas. Vários esforços são feitos pelo estado português para que este resultado seja possível: a Direção Geral de Saúde (DGS) todos os anos emite uma norma com recomendações para a vacinação dos grupos de risco, sendo a vacinação gratuita para a maioria, incluindo profissionais de saúde; existem equipas de vacinação responsáveis pela gestão a nível local, regional e nacional; e ainda são disponibilizadas vacinas nas farmácias, mediante receita médica, para a restante população, sendo o valor comparticipado pelo Estado. Porém, porque ainda não atingimos a meta proposta, e dada a importância da vacinação, precisamos de unir esforços e promover a literacia em saúde, através de ações de sensibilização que permitam desmitificar e consciencializar os cidadãos quanto à importância e segurança da vacinação", referiu.


Em 2019, o estado português disponibilizou 2 milhões de vacinas, destas 1,4 milhões foram gratuitas e 600 mil para venda em farmácias, com o valor a ser comparticipado pelo Estado em 37%. Em alguns Estados-Membros da União Europeia a cobertura da vacinação é inferior a 10% (EuroStat), sendo que a cobertura em Portugal varia entre os 60 a 65% anualmente.

Após o mais recente surto de pneumonia na China, onde foi detetado pelas autoridades um novo tipo de coronavírus, a eurodeputada Sara Cerdas questionou esta tarde a Comissão Europeia sobre quais as medidas que esta pretende implementar para a rápida deteção e atuação na prevenção, propagação e controlo deste vírus nos diferentes Estados-Membros.

Na qualidade de presidente do grupo de trabalho em Saúde do Parlamento Europeu, Sara Cerdas alerta que “apesar do vírus ter sido inicialmente identificado na China, o risco de disseminação poderá ser elevado. É por isso necessário que a Comissão Europeia aposte na prevenção e garanta que não existe a propagação do vírus através da importação de mercadorias, exigindo um controlo eficiente das diferentes matérias importadas. Por outro lado, as ligações aéreas entre a China e o território europeu podem surtir um risco aumentado de disseminação deste vírus. Tendo em conta os alertas e o número de casos identificados pelas autoridades, este vírus poderá ser uma ameaça para a Europa, pelo que requer especial atenção e prevenção imediata por parte da Comissão Europeia”.


O aeroporto de Wuhan, na China, local onde o coronavírus foi primeiramente identificado, dispõe de ligações aéreas diretas com França, Reino Unido e Itália. No próximo dia 25 de janeiro ocorrerão as celebrações do Ano Novo Chinês, o que envolve um tráfego populacional superior de e para a região, com risco aumentado de disseminação desta e outras doenças transmissíveis.


De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) no dia 31 de dezembro de 2019, um grupo de pneumonia de etiologia desconhecida foi relatado na cidade de Wuhan, província de Hubei, na China. A 7 de janeiro as autoridades chinesas identificaram um novo tipo de coronavírus, diferente de qualquer outro coronavírus humano conhecido até agora, como causador desta pneumonia viral. A Comissão Nacional de Saúde do país revelou que até ao dia 19 de janeiro foram identificados 198 casos, dos quais 3 vítimas mortais.


As autoridades de saúde chinesas já confirmaram que, ainda em menor escala, alguns dos casos foram transmitidos através do contacto próximo pessoa-a-pessoa, um desenvolvimento que significa que a doença pode espalhar-se de forma rápida e em maior escala. A Tailândia, Japão e Coreia do Sul relataram ter identificado casos de coronavírus no seu país, confirmando esta hipótese de disseminação, ainda que a maior parte dos casos corresponde a pessoas que estiveram recentemente na cidade de Wuhan, na China.

Sara Cerdas questionou esta tarde, em representação do Grupo S&D (socialistas e democratas), o ministro da Saúde da Croácia Milan Kujundžić, sobre as prioridades da Presidência Croata do Conselho Europeu para os próximos 6 meses em matéria de saúde, durante Comissão do Ambiente, da Saúde Pública e da Segurança Alimentar (ENVI).


A eurodeputada questionou o Conselho especificamente sobre quais as estratégias que a presidência croata pretende desenvolver para melhorar a literacia em saúde, manifestando a sua preocupação com este tema. “Atualmente, vivemos na era da informação digital. No entanto, é inegável a quantidade de informações erradas e notícias falsas, especialmente na área da saúde. Atualmente, é muito difícil para os cidadãos entender o que é baseado em evidências ou o que é baseado em opiniões. Há um longo caminho a percorrer para a promoção da educação em saúde e a adoção de estilos de vida mais saudáveis.”

A respeito da resistência antimicrobiana, que atinge de forma fatal todos os anos 25.000 de doentes, e que representa custos adicionais de 1,5 mil milhões de euros devido a microrganismos multirresistentes, Sara Cerdas questionou qual é a estratégia da presidência para enfrentar esta ameaça global”.


A rotulagem de alimentos, nomeadamente a necessidade de uma rotulagem uniforme de embalagens em todos os Estados-Membros, que dê informação percetível sobre os valores nutricionais, foi outro tema em cima da mesa. A eurodeputada socialista questionou também quais as estratégias para a melhoria da vida dos cidadãos europeus e os seus determinantes em saúde, como a qualidade do ar, redução do uso de produtos químicos nocivos e o acesso universal à saúde.


Na sua intervenção, Sara Cerdas defendeu uma “abordagem intersectorial das políticas públicas” e um “trabalho de cooperação para melhorar os determinantes sociais em saúde, como emprego, habitação, segurança e proteção social”, uma vez que a saúde é um conceito transversal, tendo questionado Milan Kujundžić sobre como planeia trabalhar em conjunto com os restantes ministros croatas, para promover e defender a Saúde em todas as políticas.


No momento de responder às questões colocadas pelos representantes de cada grupo político, o Ministro da Saúde da Croácia, Milan Kujundžić, respondeu à eurodeputada enunciando que tem conhecimento dos tratamentos onerosos no âmbito da resistência aos antimicrobianos, que provocam frequentemente a morte, uma batalha que assume ser da Presidência. O ministro afirmou que irá levar a cabo ações de consciencialização, e agir em conjunto com a Alemanha, que irá assumir a próxima presidência, para regulamentar a utilização de antibióticos das substâncias antibacterianas. Milan Kujundžić reconhece que não será possível resolver todos os problemas da saúde em apenas 6 meses, mas compromete-se a fazer esforços no sentido de desenvolver medidas estratégias que beneficiem a curto e a longo prazo a saúde dos cidadãos europeus.

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