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Sara Cerdas pressiona a Comissão Europeia para salvaguardar a conectividade territorial das Regiões Ultraperiféricas nas viagens entre o continente e inter-ilhas. A eurodeputada considera que a Comissão tem o papel de assegurar que as regiões estão salvaguardadas em termos de coesão territorial e que “até ao momento, nada tem sido feito para atenuar estas graves quebras de conectividade”.


Os constrangimentos causados pela ocorrência cada vez mais frequente de ventos fortes, que deixam o aeroporto da Madeira inoperacional por várias horas e por vezes até dias “têm impactos diretos na economia madeirense e naqueles que nos visitam, dado que a mobilidade territorial é crucial para promover desenvolvimento económico e social e garantir a igualdade de oportunidades”, afirma a eurodeputada na pergunta endereçada à Comissão Europeia.

Para Sara Cerdas, o investimento em infraestruturas aeroportuárias mais resilientes a esse tipo de intempéries, como a certificação de aeroportos alternativos próximos, nomeadamente o aeroporto do Porto Santo, pela sua proximidade territorial, devem ser garantidos.


Outra solução para garantir a coesão territorial, considera, passa por melhorar a conectividade entre-ilhas, por meio de transporte marítimo, e pela ligação ferry durante todo o ano entre Portugal continental e o arquipélago.


“Não podemos continuar a ser uma região isolada fisicamente do resto do continente, em especial quando está mau tempo. É preciso atenuar estas graves quebras de conectividade e todas as instâncias, sejam regionais ou europeias, têm um papel a desempenhar, bem como devem estar comprometidas em criar melhores condições”, conclui a eurodeputada.

Sara Cerdas é a relatora do Parlamento Europeu sobre a posição da União Europeia em Saúde Mental. Para a eurodeputada, “ser da Madeira e liderar esta iniciativa é um dever e uma obrigação, já que, de acordo com a Sociedade Portuguesa de Suicidologia, em 2019, a Madeira registrou a mais alta taxa de suicídio no país”.

“Atualmente, o suicídio é a segunda principal causa de morte entre os jovens, após os acidentes rodoviarios, mas as pessoas também sofrem muita pressão da sociedade e desenvolvem cada vez mais ansiedade, depressão, distúrbios alimentares e perturbações relacionadas ao consumo de álcool e drogas. É o caso da Madeira, onde o consumo de substâncias é particularmente impactante em vários grupos da sociedade. A União Europeia pode ter um papel mais ativo no auxílio aos Estados-Membro para combater todos estes problemas, promover a prevenção, através da partilha de guidelines, da discussão de boas práticas e de financiamento próprio.”

A médica de saúde pública no Parlamento Europeu considera que o Observatório de Saúde Mental é uma iniciativa pouco explorada, já que a recolha de dados é praticamente inexistente e “sem dados, as autoridades de saúde atuam às escuras”. Na União Europeia as condições de saúde mental afetam mais de 150 milhões de cidadãos e o principal é atuar na prevenção e diagnóstico precoce mas, por vezes, não chega. “O estigma associado às condições de saúde mental dificulta a procura por ajuda que pode muitas vezes resultar em tragédias” aponta.

De acordo com a eurodeputada do PS, o objetivo desta iniciativa é identificar os grupos vulneráveis, propor políticas de promoção de bem-estar, prevenção, vigilância, diagnóstico precoce e definir aquilo que são as boas práticas em termos de acessibilidade aos cuidados e a melhoria dos sistemas de saúde. Em resposta a uma comunicação da Comissão Europeia, a eurodeputada elabora um relatório que servirá como posição do Parlamento Europeu e que deverá ser apresentado ainda este ano.

Sara Cerdas é a relatora principal do regulamento do Mecanismo de Proteção Civil no Parlamento Europeu, que visa garantir os meios aéreos de combate a incêndios necessários a toda a União Europeia e países parceiros em situações de emergência.

“Só na última semana a Madeira esteve em aviso vermelho devido à subida de temperatura, o que significa um elevado risco de incêndio e a necessidade de mobilização de mais meios de vigilância. A nível nacional, 40% do território está em seca severa e extrema. Situações como estas, que provocam catástrofes e ameaças, vão passar a ser mais recorrentes, em resultado das alterações climáticas. Existe uma falta de preparação da Europa para estes desafios e, por isso, é necessário identificar os problemas e efetuar avaliações de risco mais coerentes, identificando as zonas mais vulneráveis, e formas de coordenar e comunicar”, aponta Sara Cerdas.

A eurodeputada do PS considera que para fazer face às ameaças “precisamos de mais recursos e de financiamento disponíveis, bem como de uma adaptação do quadro comunitário europeu”, uma vez que o financiamento atual “é insuficiente”.

Durante a apresentação do relatório a eurodeputada apelou à avaliação, ainda em 2023, da Decisão 1313/2013 relativa ao Mecanismo de Proteção Civil, por considerar importante compreender e abordar as causas subjacentes das alterações climáticas e da perda de biodiversidade, para reduzir o risco de incêndios florestais; e analisar as lições aprendidas durante a pandemia de COVID-19, bem como o conflito armado na Ucrânia.

O Comissário Europeu com a pasta da Gestão de Crises, Janez Lenarčič, também concordou recentemente com a necessidade de mais investimento na área da prevenção. “Sempre que temos uma crise temos de dar uma resposta e os Estados-Membros não têm mãos a medir. Tem de haver mais investimento para a prevenção, pois qualquer euro investido na prevenção e preparação custa 10 vezes menos do que a capacidade de resposta”, referiu na audição da Comissão de Ambiente, Saúde Pública e Segurança Alimentar (ENVI) do Parlamento Europeu.

O Mecanismo de Proteção Civil da União (UCPM) visa reforçar a cooperação em matéria de proteção civil, a fim de melhorar a prevenção, a preparação e a resposta a catástrofes. Desde a sua criação, o mecanismo de Proteção Civil da União já respondeu a mais de 650 pedidos de assistência dentro e fora da UE. A proposta alarga em 2 anos o período de mobilização, a nível transitório, até que haja uma frota permanente de meios aéreos do rescEU. Sem este alargamento, não haveria meios de apoio a incêndios e a outras catástrofes no próximo ano.

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