top of page

​Últimas Notícias

Esta manhã os eurodeputados da Comissão de Transporte e Turismo (TRAN) debateram as prioridades para o relatório de opinião “Nova estratégia Marítima para o Atlântico”, do qual Sara Cerdas é relatora de parecer pelo grupo dos Socialistas e Democratas no Parlamento Europeu (S&D).

A eurodeputada do PS sublinha que esta estratégia deve apoiar o desenvolvimento sustentável da economia azul nos Estados-Membros e regiões da União Europeia, e reforçar os princípios da Política de Coesão. “Deverá traduzir-se num novo impulso no desenvolvimento económico destas regiões, com estratégias que potenciem a economia azul, que criem emprego, e que ao mesmo tempo contribuam para os objetivos do Pacto Ecológico Europeu em matéria de sustentabilidade, digitalização e inovação”, bem como dispor “a economia circular, a poluição zero, a eficiência energética e a preservação da biodiversidade” como princípios orientadores.

Sara Cerdas reforçou o valor acrescentado que esta estratégia terá para o desenvolvimento das regiões banhadas pelo Atlântico, como é o caso das regiões ultraperiféricas (RUP), na sua maioria muito dependentes dos transportes e do turismo. “A posição geográfica das RUP deve ser vista como uma oportunidade, e uma prioridade, uma vez que proporcionam uma maior dimensão atlântica à União Europeia”, apontou na sua intervenção em sede de Comissão.

Em matéria de turismo, considera que devem ser desenvolvidas ações que apoiem as pequenas e médias empresas localizadas na região Atlântica. Por sua vez, quanto aos transportes e infraestruturas, julga ser “fundamental potenciar o transporte marítimo ecológico e atividades portuárias inovadoras”, cuja inovação poderá inclusive contribuir para a descarbonização e sustentabilidade das infraestruturas portuárias.

O relatório de opinião da Comissão TRAN estará agora aberto a propostas de alteração e voltará à Comissão para votação final no início de maio. O relatório principal desta estratégia, da responsabilidade da Comissão do Desenvolvimento Regional (REGI), deverá ser votado em meados de junho, tendo em consideração o parecer da Comissão TRAN. A principal preocupação da eurodeputada é garantir que a posição geoestratégica que as RUP representam seja valorizada neste relatório.

Sara Cerdas, negociadora no novo programa europeu para a saúde - EU4Health, que reserva 5,1 mil milhões de euros no âmbito do próximo Quadro Financeiro Plurianual (QFP) para os próximos 7 anos, apresentou esta manhã o relatório final, que segue para votação em plenário, considerando-o “o programa mais ambicioso e completo na área da saúde”.

A eurodeputada reforçou, durante a sua intervenção em plenário, que “apenas iremos atingir melhores indicadores em saúde se tivermos uma verdadeira abordagem de saúde em todas as políticas, atuando naqueles que são os determinantes de saúde e reduzindo as iniquidades em saúde” e que “só seremos tão saudáveis, quanto os nossos mais vulneráveis”.

O EU4Health permitirá “não repetirmos os erros do passado, e que abordem a saúde da forma holística que precisa e merece, tornando os sistemas de saúde mais e melhor preparados para as presentes e futuras ameaças em saúde: um programa baseado em saúde em todas as políticas e uma só saúde. Porque a saúde vai muito mais além da prestação de cuidados de saúde e da doença,o principal objetivo é a promoção da saúde e a prevenção da doença, reduzindo aquelas que são as desigualdades em saúde, promovendo estilos de vida mais saudáveis e reduzindo a carga da doença na União.”

O programa, que se torna assim uma realidade “com os contributos da sociedade civil, mas acima de tudo com as lições retiradas da pandemia COVID-19”, será ainda capaz de proteger as populações “contra ameaças transfronteiriças, com melhor preparação e resposta dos sistemas de saúde de forma a serem mais eficientes e resilientes”.

Sara Cerdas deixou um agradecimento a todos os envolvidos neste processo, que permitiram uma resposta “à altura do desafio” e “em tempo recorde”.

Em maio de 2020, a Comissão Europeia apresentou o novo programa independente “UE pela Saúde - EU4Health” para o período de 2021 a 2027. A proposta do Parlamento Europeu foi votada em novembro de 2020 e, após as negociações em trílogos entre as três instituições europeias, Parlamento Europeu, Comissão e Conselho, os eurodeputados votam hoje a sua redação final, encerrando assim o processo legislativo e permitindo a implementação deste programa nos diferentes Estados-Membros.



Sara Cerdas considera que o Plano Europeu de Combate ao Cancro, apresentado no mês passado pela Comissão Europeia, deve apresentar uma estratégia ambiciosa para a resistência antimicrobiana, “a próxima pandemia que a nossa sociedade irá enfrentar, e cujo fardo económico e social poderá superar a da COVID-19”.

A eurodeputada dirigiu várias perguntas à Comissão Europeia sobre como, no âmbito do Plano Europeu de Combate ao Cancro, irá mitigar o problema das infeções por microrganismos multirresistentes em doentes oncológicos, bem como garantir que a "vigilância epidemiológica e a investigação científica, que o programa atualmente contempla, terá em consideração os agentes antimicrobianos e como estes afetam os doentes oncológicos e a sua sobrevida”, considerando que “a investigação e a literacia para a saúde, desde que feitos esforços por todas as instituições e agentes, poderão ainda contribuir para controlar e reverter possíveis futuras pandemias”.


Sobre a interligação entre a resistência antimicrobiana e o cancro, a madeirense considera que “a utilização de antibióticos é um pilar central na gestão dos doentes oncológicos e a ineficácia destes fármacos poderá apresentar um problema grave que poderá ter um impacto muito alto nos sistemas de saúde e sociedade”. Para uma estratégia de tratamento do cancro bem sucedida, afirma que “é essencial dispor de antibióticos eficazes, pois estes doentes têm maior risco de infecções por organismos multirresistentes. A resistência aos antibióticos é uma ameaça aos doentes, à sobrevida e obtenção de um bom resultado no seu tratamento”.

Sara Cerdas aponta ainda que a Comissão Europeu deverá reforçar a rede da UE «Uma Só Saúde» (The EU AMR One-Health Network) contra a resistência aos agentes antimicrobianos, de forma a intensificar a troca de informação entre os Estados-Membros e melhorar o planeamento de ações concretas contra esta ameaça.

A resistência antimicrobiana (AMR) - a capacidade dos microrganismos de resistir aos tratamentos antimicrobianos, especialmente os antibióticos - tem impacto direto na saúde humana e animal e carrega um enorme fardo. Estima-se que a AMR seja responsável por cerca de 33.000 mortes por ano na União Europeia e que custe 1,5 mil milhões de euros por ano à UE em custos de saúde e perdas de produtividade.


bottom of page