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Sara Cerdas alertou esta manhã a Comissão Europeia para a necessidade de estudos sobre a imunidade após a vacinação contra a COVID-19 e após a infeção, precavendo-se para um cenário onde seja necessário administrar anualmente a vacina contra a COVID-19.

Após a toma da vacina, “precisamos de saber se estamos a proteger as pessoas e por quanto tempo. Quando teremos estes resultados disponíveis, e se estes estudos revelarem que será necessário um reforço anual da vacina, como está a Comissão a preparar-se para um cenário onde seja preciso adquirir doses suficientes para que os estados-membros consigam vacinar repetidamente a sua população com vista a garantir imunidade“, inquiriu durante a sua intervenção.


Desde o início desta pandemia que a eurodeputada, também médica com formação em saúde pública, tem estado atenta aos progressos da pandemia e da vacinação. No entanto, após quase um ano, e embora exista já uma melhor caracterização do vírus, reconhece que é urgente garantir mais e melhor investigação científica à medida que novas estirpes são conhecidas e de otimizar a capacidade dos Estados-membros na identificação destas variantes e na resposta para conter a propagação do vírus.


A eurodeputada do PS questionou ainda a Comissão Europeia sobre qual a estratégia que irá implementar para cumprir as metas ambiciosas de vacinar 70% da população adulta até ao verão, ou se “pretende alterar estas metas, de forma a estarem alinhadas com a capacidade de produção atual”, considerando os problemas de escassez e de capacidade de produção por parte da indústria.


No final da sua intervenção, deixou ainda um apelo “dos cidadãos” à Comissão para melhorar a divulgação de informações sobre os processos de vacinação de forma a aumentar a sua confiança. “A União Europeia tem avançado de forma estruturada e forte no processo de vacinação, tendo criado uma plataforma de monitorização desta vacinação nos estados-membros. Peço um trabalho conjunto de divulgação para que esta informação chegue aos nossos constituintes”, referindo-se, por exemplo, à plataforma do Centro Europeu de de Controlo e Prevenção de doenças (ECDC) que disponibiliza indicadores sobre a distribuição de vacinas pelos Estados-membros.

Sara Cerdas defende que o Plano Europeu de Combate ao Cancro, lançado ontem pela Comissão Europeia, deverá estar mais focado em identificar os fatores de risco e reduzir as causas de cancro que ainda permanecem desconhecidas.


“Atualmente temos que 50% das causas de cancro são desconhecidas. Neste Plano não vemos qualquer iniciativa para dar resposta a uma maior investigação às causas de cancro. Temos sim propostas para uma melhor prevenção, para um diagnóstico precoce, para um tratamento adequado e atempado, e também para melhor qualidade de vida para os doentes e para as suas famílias”, pilares que, não obstante, considera muito importantes. A eurodeputada avalia o plano na sua generalidade como muito positivo e ambicioso, “uma grande bandeira da União Europeia, um passo para atingirmos uma verdadeira União Europeia para a Saúde”, mas considera que existe espaço para melhorias.


Na qualidade de vice-presidente da Comissão Especial de Combate ao Cancro no Parlamento Europeu, Sara Cerdas questionou esta tarde a Comissária com a pasta da Saúde, Stella Kyriakides, sobre como a União Europeia poderá contribuir para estar na frente da prevenção - conhecer estes fatores de risco e definir ações concretas, que passam pela aposta na inovação e investigação. Aponta que o Plano, na área da investigação, não deverá concentrar-se apenas em estudos clínicos com vista à terapêutica e ao diagnóstico, que revela serem de elevada importância, mas que “é necessário uma aposta em estudos epidemiológicos robustos e extensos - estudos coorte”. Embora igualmente dispendiosos, acredita que é uma aposta ganha, que se traduzirá a longo prazo em evidência científica e que contribuirá para uma sociedade mais saudável e com menos cancros.


A Comissão Europeia anunciou um orçamento de 4 mil milhões de euros para o plano, que será colocado em prática através dos diferentes instrumentos de financiamento do Quadro Financeiro Plurianual 2021-2027 e o Next Generation EU - nomeadamente do programa EU4Health, o Horizonte Europa e o programa Europa Digital. A proposta da Comissão Europeia irá agora ser discutida por parte do Parlamento Europeu.




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