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Sara Cerdas alertou esta manhã, em plenário, para o cenário difícil que se faz sentir em Portugal com a seca. “A seca sentida na União Europeia não tem precedentes nos últimos anos, afetando mais de um terço do continente. Hoje, o cenário é drástico em Portugal”, afirmou.


A eurodeputada do PS defende uma maior aposta em “medidas de mitigação do risco de seca e vagas de calor” e exorta a Comissão Europeia e os Estados-Membros a recorrer a “estratégias de monitorização e de prevenção, com o apoio de entidades como o Observatório Europeu da Seca” e “planos de avaliação dos territórios, que deve identificar grupos mais vulneráveis a estes fenómenos climáticos extremos e incluir medidas de adaptação” para apoiar estas a ultrapassar estas situações.


“Infelizmente, já não é suficiente tentarmos reverter o impacto das alterações climáticas. Teremos de aprender a viver com elas, mas continuar a trabalhar para mitigá-las e, assim, assegurar a saúde do nosso planeta e dos que nele vivem.”


Segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera, 66% do território está em seca extrema e 33% em seca severa.



O Parlamento Europeu debateu esta tarde as iniciativas da União Europeia (UE) para fazer face ao aumento do custo de vida, incluindo a aplicação do Pilar Europeu dos Direitos Sociais. À margem do debate, Sara Cerdas alertou para o risco do aumento das desigualdades sociais face à atual escalada de preços, especialmente em regiões, como a Madeira, onde as percentagens de risco de pobreza já eram das mais elevadas na UE.


“A Madeira tem uma percentagem de pessoas em risco de pobreza muito acima da média da UE e nacional - 27,8%. A inflação e o aumento dos preços da energia já estão a ter impactos na vida das famílias e das empresas, pelo que é necessário a UE conter e mitigar esta situação, mostrando liderança neste processo e tirando partido dos instrumentos que tem ao seu dispor, nomeadamente o Fundo Social Europeu (FSE). Importa apoiar estas regiões na aplicação do Pilar Europeu dos Direitos Sociais e no cumprimento dos objetivos da Cimeira do Porto.”


“Lutar pelo aumento da taxa de emprego e a redução do número de pessoas em risco de pobreza e exclusão social, promover a igualdade e a inclusão, reforçar a dimensão social da Europa para também enfrentar os desafios ligados às alterações climáticas e à transição digital, deve continuar a manter-se no topo das prioridades”, afirma Sara Cerdas.


A eurodeputada enalteceu ainda o papel que a Presidência Portuguesa do Conselho da UE teve, através da Cimeira Social do Porto, ao recolocar as questões do bem-estar social no topo da agenda política. “Após um ano, o desígnio mantém-se, agora exponenciado pela guerra, de até 2030 empregar 78% da população em idade ativa (20-64); participação de 60% de todos os adultos em ações de formação pelo menos uma vez ao ano; e menos 15 milhões de pessoas em risco de pobreza ou exclusão social.”



Sara Cerdas foi esta semana co-presidente da delegação do Parlamento Europeu, composta por 11 deputados, destacada para a Conferência dos Oceanos da Organização das Nações Unidas (ONU).

“Esta foi uma importante missiva do Parlamento Europeu para trocar perspetivas sobre o papel dos oceanos na vida do planeta e os impactos ambientais cada vez crescentes. Se não agirmos na proteção dos habitats dos oceanos e da vida marinha, não existe planeta. O grande desafio que enfrentamos são os plásticos, os principais poluidores e destruidores dos oceanos.”


A eurodeputada do PS destaca o papel que as regiões ultraperiféricas (RUP) podem desempenhar na mitigação destes impactos. “Uma vez que as RUP estão repartidas por dois oceanos, o Atlântico e o Índico, bem como dispõem de 80% do potencial de biodiversidade na Europa, urge uma aposta em projetos-piloto centrados na economia azul sustentável, tirando proveito do seu enorme valor estratégico e conferindo-lhes uma posição de liderança na governação dos oceanos e na recuperação dos ecossistemas.”


Alerta ainda que “não podemos separar as diferentes crises do planeta que estamos a atravessar - climática, biodiversidade e oceanos, sendo necessária uma resposta holística e multidisciplinar. Restam apenas 8 anos para atingirmos a primeira meta definida pela Lei do Clima, é necessário agir e investir de forma célere”.


Durante estes três primeiros dias da Conferência, os eurodeputados reuniram-se com responsáveis de alto nível, nomeadamente Virginijus Sinkevičius, Comissário Europeu do Ambiente, Oceanos e Pescas, e Peter Thomson, Enviado Especial do Secretário-geral das Nações Unidas para os Oceanos. Reuniram-se ainda com o Ministro da Economia e do Mar, António Costa Silva, com o Secretário de Estado para os Assuntos Europeus, Tiago Antunes, e com o Secretário de Estado do Mar, João Maria Costa. A destacar também os contactos com diferentes agências das Nações Unidas, diversas ONGs, e a Enviada Especial do Ministro dos Negócios Estrangeiros de Singapura, responsável pela negociação do tratado de alto mar que pretende regular e proteger as áreas marinhas além da jurisdição nacional e cujo acordo se pretende que seja alcançado no presente ano.


Sara Cerdas saúda ainda os compromissos exemplares de Portugal, nesta Conferência, expressados pelo Primeiro-Ministro António Costa, de assegurar que 100% do espaço marítimo sob soberania ou jurisdição portuguesa seja avaliado em Bom Estado ambiental e, até 2030, classificar 30% das áreas marinhas nacionais, que tem como um primeiro sinal positivo o aumento da Reserva Natural das Ilhas Selvagens, em 27 vezes, tornando-a na maior área marinha protegida do Atlântico Norte. Adicionalmente, o Primeiro-Ministro enfatizou a necessidade de tornar o setor das pescas mais sustentável, comprometendo-se com a manutenção de 100% dos stocks dentro dos limites biológicos sustentáveis.


A Conferência dos Oceanos da Organização das Nações Unidas decorre até sexta-feira na Altice Arena, em Lisboa. Pretende impulsionar a comunidade internacional a adotar soluções para a gestão sustentável dos oceanos, com base na Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável e nos seus Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), a fim de lançar um novo capítulo na ação global.

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